sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

esta noite foi povoada de monstros e medos.

eu conseguia contextuáliza-los que eram apenas isso! mas teimosamente não desapareciam. levantei-me e fui à casa de banho. deitei-me e eles continuavam ao meu lado. levantei-me novamente e fui à varanda e vi o rio sado com os rebocadores fundeados no meio da baía, à espera do mau tempo. estava frio e voltei para a cama. mas eles continuavam abraçados a mim. tentei racionalizar e nada.

estranho como consigo ter a percepção dos medos e mesmo assim não consigo livrar-me deles...

tentei abraçar em mim o sentimento puro e suave de amor... e nada!


abracei aquela “mulher” com o meu pensamento . senti o toque do seu corpo, imaginei os olhos esmeralda, provei o cheiro da sua pele...


mas logo de seguida eles estavam ou talvez apenas continuassem colados a mim.


começo a pensar que os meus monstros até nem são tão grandes como isso. penso nas dificuldades que ela sente em apenas conseguir sobreviver a eles. em todos os dias travar uma batalha de uma guerra que parece não ter fim...


percebo agora o porquê de tanto desgaste nestes confrontos. as noite são campos de batalha e dor em vez de um revigorante descanso!!!!


dou agora e depois de remembrar esta experiência, um novo valor a esta mulher. que continua a combater. por ela. e no fundo por mim. o seu caçador de monstros ou talvez apenas um agitador de monstros...



2 de dezembro de 2090, no avião para Basel

1 comentário:

Coffee Taste disse...

Os monstros de cada um têm a medida que o medo inspira... às vezes é preciso coragem para deixar de ter medo.
às vezes os mostros velhos são mais fáceis de carregar, do que o medo dos monstros que podem estreitar no futuro.

mudei de blog, segue-me de novo
(marta)