sábado, 5 de junho de 2010

4.50 da madrugada quente e húmida de uma noite desiludida pela
expectativa da vida. ...
Derreto languidamente no torpor etílico do vinho branco com gelo e
limão- Tem nome alemão como convém mas apenas me faz lembrar clister... Não sei se por causa da minha amiga Cristina ou se alguma tendência gay mal manifestada...
Um ET em terra! É o que sinto ser na sua insustentável leveza de
kundera.... No pesado desajuste de estranheza de uma sociedade que
admira e venera as alternativas formas de vida de quem opta por estar
a margem, mas mais ainda sem realmente desajustado de um mundo com o
qual não se identifica com o qual se desliga a cada segundo!

Desamores e amores em sentido inverso e letal,são a constante informal
e disfuncional de uma vivência de inexperiências infundadas de uma
realidade que se calhar apenas não existe....
Fecho os olhos. Reviro-os e deixo-me embalar ao som de um estranha
forma de jazz que me deixa estonteado, inebriado, ao ponto de quase
cair da cadeira onde firmemente me sento à beira de um abismo irreal
onde o "agora" se funde e se fode numa guerreira harmonia desasjustada... Tão desajustada quanto eu pareço ser aos olhos dos outros!

Deixo-me ir, embriagado nos sons da vida acompanhados pelas notas de
uma música disléxica mas doce e envolvente. Deixo o orgasmo espiritual vir-se nos sentimentos de impotência perante os inevitáveis casos da vida que pareço atrair sem qualquer pudor ou preocupação socio-econômica, político-religiosa!

Vivo no limbo da realidade com Magia! Onde o mundo se transforma e
recria numa roda de energia e luz!
Onde os iluminados são apenas seres estranhos e desajustados! 
Onde o conforto material se impõe à felicidAde espiritual onde a matéria vale muito mais que o espirito!
Onde a merda se sobrepõe ao sonho.
Onde o Dow J vale mais q a luz.
Onde o horário frenético se monta na simplicidade.
Onde todos se fodem com medo de serem fodidos.
Onde ninguém se mostra para não ser vistos numa exposição permanente de vaidades vãs...
Estou cansado... Farto...
Vejo o meu tempo chegar a um fim ilimitado de
paradoxos insolúveis. Inevitáveis e despropositados!
Vejo-me preso nos pré-conceitos de uma sociedade q não escolhi ... Que
me reprime... Q me quer castrar numa sexualidade mística de uma mulher casada a viver numa gaiola dourada!
Sou livre como o vento!
Sou leve e universAl...
Sou eternamente só...

Deixo o vinho branco libertar o Império dos sentido que me faz viver e
penso apenas como hei-de voltar para "casa"...
Acabou apenas mais um dia..
Um dia posso ter sorte e acaba o resto!!!
Nos mares perdidos do Sul...